segunda-feira, 14 de junho de 2010

Famílias cortam no 'super' e farmácia, não em telemóveis

Alimentação e medicamentos são os principais alvos de corte nos gastos das famílias portuguesas em crise. Curiosamente, poupa-se menos em bens supérfluos, como telemóveis ou televisão por cabo, tentando manter, pelo menos na aparência, o mesmo estilo de vida, refere a Lusa.

"Na alimentação, as pessoas começam a optar por marcas brancas e deixam de comprar alguns produtos mais caros", diz a Deco, que foi contactada, nos primeiros cinco meses do ano, por 5500 famílias sobreendividadas. Confrontadas com menos dinheiro, as famílias cortam também nos medicamentos, deixando de adquirir remédios necessários. "Nem substituem os medicamentos. Pura e simplesmente deixam de os comprar", frisa Natália Nunes, responsável da Deco.

Já em serviços de telecomunicações e multimedia, as despesas tendem a manter-se. Outro exemplo é a "grande resistência" em vender o automóvel. "Há quase sempre a tentativa de manter o mesmo tipo de vida." As famílias que recorrem à Deco são, em geral, compostas por um casal com um filho, com rendimentos líquidos mensais médios de 1500 euros.

A especialista aconselha as famílias a gerir melhor o dinheiro, assumindo uma postura crítica e activa para gastar menos, por exemplo, através da comparação e renegociação de valores com operadores de telecomunicações.

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